Malas e espírito prontos
A preparação para o Projeto Rondon começa muito antes do embarque para as cidades. O primeiro passo é o envio das propostas para o Ministério da Defesa (MD), que as encaminha para os municípios participantes. Se aprovadas, os professores começam a montar suas equipes e desenhar com maior detalhe o trabalho que desenvolverão no campo. Em paralelo a isso, quem viajará toma vacinas e cumpre um treinamento de 30 horas ao longo de quase um mês.
O MD fica responsável pela logística e pelo transporte. Os municípios, pela alimentação e hospedagem. Em sua segunda participação no Rondon, o professor de Geociências da UnB Detlef Walde, diz que, em geral, as prefeituras os oferecem um pequeno hotel na cidade. “Mas se tivermos de ir a comunidades mais distantes, podemos montar algum acampamento. Só não dá para ficar à noite na floresta por causa da malária”, revela.
Caçula do grupo, a estudante do 8º semestre de Medicina Veterinária Patrícia Couto, 21 anos, vai para sua primeira viagem no projeto. Ela, que já tem experiência em atividades de extensão e de campo, acredita que a participação no Projeto Rondon será especial: deve ser a realidade mais pobre com a qual já se deparou nesses trabalhos. “Espero deixar algo de bom que possa ajudá-los a mudar seu dia-a-dia. Para mim, espero voltar com a consciência mais aberta do que, de fato, seja o país”, diz a universitária.
* texto: Ismália Afonso, da Assessoria de Comunicação da UnB
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