Emancipação no lugar do assistencialismo
A professora de Medicina da UnB Lenora Gandolfi, que coordena a equipe de sete estudantes que chega a São Pedro da Água Branca (MA) amanhã, foi rondonista em 1973 e 1974, anos em que deixou Florianópolis (SC) para atuar em Santarém (PA). Para ela, há uma grande diferença entre o projeto da década de 1970 e o de hoje no que diz respeito à preparação dos estudantes para desenvolver o trabalho no campo. “Naquela época, não passávamos por treinamento. Agora, os grupos se encontram todos os dias por mais de um mês para organizar o que desenvolverão”, compara.
Outro aspecto que ela destaca é a mudança do perfil assistencialista dos trabalhos, que ganharam caráter de educação, prevenção e promoção de saúde. Lenora e sua equipe ensinarão práticas de saúde integral a famílias e organizará oficinas sobre o tema com multiplicadores, os profissionais dos centros de saúde.
O coordenador-geral do Projeto Rondon, general de brigada Celso Krause, concorda com a professora Lenora sobre o distanciamento do assistencialismo. Mas, para ele, essa diferença se deve à nova dimensão do programa. “Na década de 1970, havia uma estrutura muito grande. O Rondon chegava até a montar campi das universidades. Não há como fazer isso hoje. A solução são as atividades de formação de multiplicadores”, explica.
*texto: Ismália Afonso, da Assessoria de Comunicação
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