26 janeiro 2007

Depois de uma semana, bate a saudade

Depois de uma semana de viagem, os rondonistas da UnB em Curionópolis (PA) começam a sentir saudade de casa. Distantes das famílias, dos amigos e do clima de Brasília, eles admitem: às vezes dá vontade de voltar para casa. Entre uma conversa e outra, é comum ouvi-los falar a respeito dos pais, dos namorados e de sua cidade. Mas, apesar da distância, a responsabilidade social e a satisfação de poder contribuir com o desenvolvimento de uma comunidade carente falam mais alto.

O estudante do 8° semestre de Psicologia da UnB Eduardo Guimarães Amorim, 23 anos, considera a experiência do Projeto Rondon enriquecedora. No início, confessa, ficou apreensivo por não conhecer ninguém da equipe. “Tornamo-nos companheiros. Mesmo assim, sinto falta da minha família e dos meus amigos. Também estranhei muito o clima, que é muito quente e úmido”, observa o rondonista.

VIVÊNCIA - O clima do Pará não é problema para o estudante do 6° semestre de Pedagogia da UnB Francisco Márcio Amado, 28 anos, que até considera a umidade da Amazônia Oriental agradável. O que o incomoda mesmo é a saudade da mulher e da filha. Embora Amado soubesse que ficaria tanto tempo distante de casa, não tinha noção de que sentiria tanta falta dos seus familiares. “Apesar disso, valeu a pena conhecer a realidade de Serra Pelada. Somente vivenciando é que podemos ter visão da complexidade dos problemas que a comunidade local enfrenta”, afirma o rondonista.

A situação é ainda pior para a estudante do 7° semestre de Medicina Veterinária da UnB Tainá Rangel Pinagé (foto), 22 anos. Após o término do Projeto Rondon 2007, ela parte direto para Belém (PA), onde ficará até março. Na cidade, fará o Estágio de Manejo de Animais Silvestres, no Museu Goeldi. “Já sinto falta da minha família e do meu namorado. Mas o bom daqui é que conheço novas pessoas e uma realidade diferente. Também é compensador poder ajudar a comunidade”, diz Tainá.