27 janeiro 2007

Impactos ambientais em Curionópolis

Lixo espalhado nas ruas e esgoto à céu aberto. Com exceção do centro da cidade, essa é uma cena comum em Curionópolis (PA). A falta de consciência ambiental por parte dos moradores e de planejamento de um sistema de saneamento básico por parte do governo local expõe a comunidade local a graves riscos de saúde. Entre eles, a probabilidade de contaminação com doenças como cólera, diarréia e hantavirose. Pensando nisso, os rondonistas da UnB em Curionópolis realizaram a oficina Impactos Ambientais da Cidade na tarde de sábado, 27 de janeiro, no Teatro Municipal.

A estudante do 11° semestre de Geologia da UnB Fabiana de Souza Pereira aponta que um dos problemas do município é o grande risco de formação de erosões. Isso porque, diz ela, o fato de as estradas não serem asfaltadas facilita o transporte de sedimentos por meio da água. “Com o tempo, isso pode fazer grandes buracos no solo, que acumulam lixo e dificultam a passagem de carros e pessoas. Por isso, a Prefeitura deve ter a preocupação de planejar um sistema de escoamento de água”, afirma a rondonista.

Mas a o governo local já tem planos para diminuir os impactos ambientais na cidade. O Projeto Jacarezinho, elaborado pela União de Estudantes de Curionópolis (Unesp), visa a construir uma área de lazer, um balneário, uma quadra de esporte, uma pista de dança e um restaurante na orla do córrego Jacarezinho, cuja extensão é de cerca de 1,5 mil metros. Além disso, a intenção é recuperar toda a área por meio da plantação de açaí.

“O córrego é muito poluído com esgoto e, para piorar, as criaças ainda costumam tomar banho nele. Com o projeto, vamos recuperá-lo, criar uma área de lazer, melhorar o setor de turismo e gerar renda por meio da venda de açaí”, acredita o chefe do Departamento de Lazer da Prefeitura, João Batista de Sousa (foto). O projeto, orçado em R$ 680 mil, no entanto, ainda não pode ser implementado por falta de recursos por parte da Prefeitura.