27 janeiro 2007

Deficiências na área de saúde de Curionópolis

A falta de saneamento básico é um dos principais problemas de Curionópolis (PA). De acordo com a Secretaria de Saúde do município, quase 100% da água consumida na região vem de poços. Mas isso não seria tão prejudicial se toda a instalão sanitária do município não fosse em sistema de fossa. “A água dos poços acaba contaminada por conta dessa situação. Notificamos, inclusive, muitos casos de diarréia aguda”, afirma a Secretária de Saúde, Socorro de Maria Carvalho. O assunto foi tratado na oficina de Saneamento Ambiental, organizada pelos rondonistas da UnB em Curionópolis (PA) na tarde de sábado, 27 de janeiro, no Teatro Municipal.

“O saneamento básico é importante tanto para o lado turístico como para o econômico, já que, com ele, o governo não tem de gastar tanto com o tratamento de doenças”, afirma a estudante do 6º semestre de Biologia da UnB Letícia Martins do Santos. O chefe de Limpeza da Prefeitura, Maurício Braga de Souza, confirma a deficiência na área de saúde da região. De acordo com ele, a coleta de lixo na cidade é feita por meio de três tratores com carreta. Assim, cada rua da cidade é atendida apenas uma vez por semana.

Além disso, Curionópolis tem só 27 conteiners. Desses, 15 estão danificados, o que dificulta ainda mais o trabalho de limpeza da equipe da Prefeitura. “Também falta conscientização ambiental. É comum ver as pessoas jogando lixo nas ruas por aqui”, diz Souza. Morador de Curionópolis há cinco anos, o pastor evangélico Nehemias Gonçalves Esteves, 37 anos, lamenta a falta de saneamento básico. Ele também aponta o desemprego como um grande desafio a ser enfrentado. “O fato de bebermos água de poço e não termos sistema de esgoto traz grandes riscos à saúde. Esses problemas e a falta de emprego fazem com que as família busquem, inclusive, outras cidades para morar”, observa o pastor.