31 janeiro 2007

Preservação ambiental em Carajás

Quem observa a cava de 300 metros de profundidade da mina de ferro de Carajás logo imagina que as atividades de exploração geram profundos impactos ambientais na região. O professor do Instituto de Geociências (IG) da UnB Detlef Walde, especialista em geologia ambiental, aponta, no entanto, que o que impressiona no primeiro momento é o impacto visual, mas que essas áreas podem ser facilmente recuperadas. “A degradação pode ser controlada por meio de ações como terraplanagem e reflorestamento. São medidas relativamente fáceis de serem aplicadas porque o impacto causado pela exploração é pontual, já que as áreas de mineração são restritas”, afirma o especialista.

Além disso, diz ele, existem atividades que atingem o solo e água de forma não-visível e que geram consequências muito mais graves. A agropecuária é uma delas. Grandes plantações de soja, por exemplo, modificam a vegatação do cerrado, causam desmatamento e poluem a terra com o uso de químicos.

A analista de comunicação da CVRD Lizziane de Queiroz, que guiou a visita dos rondonistas às dependências da companhia na quarta-feira, 31 de janeiro, explica que a empresa tem a política de desenvolvimento sustentável. “Toda e qualquer exploração cauda impacto ambiental, mas fazemos de tudo para minimizá-lo por meio de atividades como conscientização ambiental e reflorestamento”, afirma Lizziane.

A CVRD também atua na região em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com Lizziane, a Vale ajuda a preservar 1,2 milhão de hectares de terra. O Ibama, por sua vez, protege cinco Unidades de Conservação (veja abaixo) na região da Província Mineral de Carajás. Essas UCs totalizam mais de 761 hectares de terras e têm a intenção de conciliar a proteção dos ecossistemas e toda a sua biodiversidade com os interesses sociais e economicos dos municípios.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM CARAJÁS
1 – Área de Proteção Ambiental do Igarapé-Gelado;
2 – Floresta Nacional de Carajás;
3 – Floresta Nacional do Itacaiúnas;
4 – Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri;
5 – Reserva Biológica do Tapirapé.