29 janeiro 2007

Relações de gênero: representações

Os rondonistas da UnB em Curionópolis (PA) tiveram uma tarde descontraída na segunda-feira, 29 de janeiro. O estudante do 8° semestre de Psicologia da UnB Eduardo Guimarães Amorim, 23 anos, ministrou a oficina Refletindo a família e contou com o maior público já presente nas atividades dos rondonistas no centro do município. Ao todo, 32 pessoas participaram das dinâmicas e expuseram sua visão a respeito do modelo das famílias contemporâneas.

Criatividade foi o que não faltou. Os participantes expressaram-se por meio de desenhos e representações teatrais. Eles falaram a respeito de religião, liberdade, relacionamento entre pais e filhos e entre cônjuges. Mas o assunto mais polêmico foi o dos papeis representados pelo marido e pela mulher dentro de casa.

Para a conselheira tutelar Francisca Zacarias Reis, 23 anos, a discussão sobre os papeis que os cônjuges representam é fundamental na comunidade de Curionópolis. Isso porque, diz ela, o trabalho do Conselho Tutelar da cidade envolve também a responsabilidade da mulher no contexto familiar, já que, atualmente, além de trabalhar, a maioria continua responsável por todas as atividades domésticas. “Muitos homens ainda vêem como obrigação apenas colocar dinheiro dentro de casa. A mulher ainda tem de administrar tudo e, se houver algum problema com os filhos, ela fica como culpada”, diz Francisca.