05 fevereiro 2007

Rondonistas retornam à Brasília


Os dois professores e seis estudantes da UnB que desenvolveram o Projeto Rondon 2007 em Curionópolis (PA) desembarcaram em Brasília por volta das 12h de domingo, 4 de fevereiro. Eles viajaram à bordo do avião Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) num vôo que durou cerca de três horas.

Apesar do cansaço, os rondonistas retornaram para casa realizados profissional e pessoalmente. Afinal, foram 17 dias de muito trabalho junto aos gestores e à comunidade de Curionópolis. Além das palestras, oficinas e encontros, os universitários vivenciaram momentos marcantes. Entre eles, a visita à população do garimpo de Serra Pelada e à maior mina de ferro à céu aberto do mundo, na Serra dos Carajás.

Para o coordenador da equipe, o professor do Instituto de Geociências (IG) da UnB Detlef Walde, os rondonistas alcançaram as metas traçadas durante o planejamento. “Foi uma excelente experiência. Minha avaliação é positiva até porque a ação B, que é de atuar junto aos gestores, é muito mais complicada. É difícil reunir os agentes municipais porque eles têm pouco tempo e não podem ficar para todas as oficinas”, afirma Walde.

Mesmo assim, a equipe da UnB conseguiu reunir um bom grupo de gestores em muitas atividades. Para se ter noção, a oficina Refletindo a família, ministrada pelo estudante do 8° semestre de Psicologia da UnB Eduardo Guimarães Amorim, 23 anos, contou com um público de 32 pessoas. “Estava preparado para dar uma oficina para cerca de seis pessoas. A experiência de participar de um projeto de extensão também foi nova para mim”, diz Amorim.

Na opinião da subcoordenadora da equipe, a professora do Instituto de Artes (IdA) da UnB Maria Luiza Fragoso, um dos aspectos positivos do projeto foi o apoio oferecido pela Prefeitura e pela comunidade. Além disso, ela avalia que os estudantes obtiveram bons resultados junto à população. “Como o município de Curionópolis é conhecido pelo garimpo de ouro, a maioria da pessoas vem aqui só para tirar algo. O simples fato de a comunidade receber um grupo de universitários que vem para trazer conhecimento já muda a postura dela em relação à vida”, analisa Maria Luiza.