31 janeiro 2007

Ações de cidadania, saúde e lazer em Curionópolis

A equipe de rondonistas da UnB em Curionópolis (PA) realizará a feira Construindo Nossas Vidas na quinta-feira, 1 de fevereiro, na escola Almir Gabriel. O encontro promoverá expressões culturais e ações globais de saúde, educação e lazer no município, além de confraternizar a comunidade com o grupo do Projeto Rondon 2007. A comunidade participará de atividades como oficina de pitura, apresentação de teatro e de dança e aula de balé e alongamento.

A programação (veja abaixo) enfocará a cidadania, a saúde ambiental e a inclusão social, entre outros temas. A idéia da feira é fechar as atividades em Curionópolis com chave de ouro, já que ela é a última ação de extensão dos rondonistas na cidade. Na manhã de sábado, 3 de fevereiro, os professores e estudantes partem para Marabá (PA), onde avaliarão o desenvolvimento do projeto junto às outras instituições que atuaram na região da Amazônia Oriental.

PROGRAMAÇÃO DA FEIRA CONSTRUINDO NOSSAS VIDAS
11h – 12h

Futebol feminino e brincadeiras;
Oficina de pintura;
Saúde para crianças.

13h – 14h
Aula sobre educação, profissão e futuro;
Aula sobre educação sexual;
Oficina de compostagem.

14h – 15h
Jogo de vôlei;
Encontro com idosos;
Aula de desenho para crianças.

15h – 16h
Exposição de fotos da história de Curionópolis;
Sarau de poesia;
Apresentação de teatro;

16h – 17h
Aula de dança;
Aula de balé e alongamento;
Aula de música.

17h
Apresentação de canto e balé;
Show da banda Os Alterados do Forró

A pequena cidade da Vale do Rio Doce

Os rondonistas da UnB aproveiratam a visita a Floresta Nacional de Carajás na quarta-feira, 31 de janeiro, para conhecer o Núcleo Habitacional da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) no local. A estrutura foi instalada pela CVRD em 1986 para apoiar as operações de mineração iniciadas na região e, hoje, abriga cerca de sete mil pessoas. O núcleo, na realidade, é pequena cidade. Para se ter idéia, a população local conta com comércio desenvolvido, escola de ensino fundamental e médio, centro de idiomas, cinema, teatro, áreas de lazer e bancos.

O núcleo ocupa uma área de 308 hectares e possui todas as condições de conforto e segurança para acolher os habitantes. Ao todo, são 1,3 mil residências. Os moradores são empregados da Vale, de empresas contratadas e familiares. Mas a estrutura não é suficiente para abrigar todas as pessoas que trabalham na empresa. Hoje, a CVRD em Carajás tem 13 mil empregados. A política da companhia é de que 70% da mão de obra local. Assim, chegam ao núcleo cerca de 80 ônibus lotados todos os dias. A maioria vem do centro de Paraupebas (PA), município onde a Vale se localiza.

Preservação ambiental em Carajás

Quem observa a cava de 300 metros de profundidade da mina de ferro de Carajás logo imagina que as atividades de exploração geram profundos impactos ambientais na região. O professor do Instituto de Geociências (IG) da UnB Detlef Walde, especialista em geologia ambiental, aponta, no entanto, que o que impressiona no primeiro momento é o impacto visual, mas que essas áreas podem ser facilmente recuperadas. “A degradação pode ser controlada por meio de ações como terraplanagem e reflorestamento. São medidas relativamente fáceis de serem aplicadas porque o impacto causado pela exploração é pontual, já que as áreas de mineração são restritas”, afirma o especialista.

Além disso, diz ele, existem atividades que atingem o solo e água de forma não-visível e que geram consequências muito mais graves. A agropecuária é uma delas. Grandes plantações de soja, por exemplo, modificam a vegatação do cerrado, causam desmatamento e poluem a terra com o uso de químicos.

A analista de comunicação da CVRD Lizziane de Queiroz, que guiou a visita dos rondonistas às dependências da companhia na quarta-feira, 31 de janeiro, explica que a empresa tem a política de desenvolvimento sustentável. “Toda e qualquer exploração cauda impacto ambiental, mas fazemos de tudo para minimizá-lo por meio de atividades como conscientização ambiental e reflorestamento”, afirma Lizziane.

A CVRD também atua na região em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com Lizziane, a Vale ajuda a preservar 1,2 milhão de hectares de terra. O Ibama, por sua vez, protege cinco Unidades de Conservação (veja abaixo) na região da Província Mineral de Carajás. Essas UCs totalizam mais de 761 hectares de terras e têm a intenção de conciliar a proteção dos ecossistemas e toda a sua biodiversidade com os interesses sociais e economicos dos municípios.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM CARAJÁS
1 – Área de Proteção Ambiental do Igarapé-Gelado;
2 – Floresta Nacional de Carajás;
3 – Floresta Nacional do Itacaiúnas;
4 – Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri;
5 – Reserva Biológica do Tapirapé.

Visita à maior mina de ferro à céu aberto do mundo


A equipe de rondonistas da UnB visitou a maior mina de ferro à céu aberto do mundo na manhã de quarta-feira, 31 janeiro. Eles conheceram a Serra dos Carajás, localizada no município de Paraubebas (PA), e as instalações da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) no local. Os professores e estudantes ficaram impressionados com a profundidade da cava da mina, que é de 300 metros, e com a infra-estrutura da empresa para exploração mineral. Na mina, os funcionários trabalham 24 horas por dia na escavação e em outros processos como britagem e tratamento.

Tanto empenho e dedicação geram bons resultados. Para se ter noção, saem da empresa, em média, nove trêns carregados por dia. Cada um leva cerca de 20,6 mil toneladas de minério de ferro, o que totaliza 185,4 mil toneladas diárias. Todo esse minério percorre uma distância de 893 quilômetros até o terminal marítimo de São Luiz (MA), de onde é exportado. Hoje, a CVRD na Serra dos Carajás tem 13 mil funcionários. A política da companhia é de que, desses, 70% seja mão de obra da população local.

O coordenador da equipe de rondonistas da UnB, o professor do Instituto de Geociências (IG) da universidade Detlef Walde, considera que a visita foi de importante impacto para a formação dos estudantes. “Agora eles têm noções técnicas a respeito do tratamento do minério de ferro, da britagem e do transporte”, avalia o coordenador. "Foi muito bom para ter um panorama das atividades da Vale e para conhecer posições da empresa a respeito de temas como meio ambiente e relação com a comunidade local", reforça o estudante do 15° semestre de Biologia da UnB Lucas Silveira Antonietto, 23 anos.